Ninguém é indiferente ao poder das quatro estações e do seu ciclo anual, nascimento, crescimento, declínio e nascimento. Nem mesmo os dois monges que compartilham a solidão, num lago rodeado por montanhas. Assim como as estações, cada aspecto das suas vidas é introduzido com uma intensidade que conduz ambos à espiritualidade e tragédia. Eles também encontram-se impossibilitados de escapar a roda da vida, dos desejos, sofrimentos e paixões que cercam cada um de nós. Sobre os olhos atentos do velho monge vemos a experiência da perda da inocência do jovem monge, o despertar para o amor quando uma mulher entra nas suas vidas, o poder letal do ciúme e da obsessão, o preço do perdão, o esclarecimento das experiências. Assim como as estações vão continuar alternando até ao fim dos tempos, na indecisão entre o agora e o eterno, a solidão será sempre uma casa para o espírito.